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  • Chover - Cordel do Fogo Encantado





    "O sabiá no sertão
    Quando canta me comove
    Passa três meses cantando
    E sem cantar passa nove
    Porque tem a obrigação
    De só cantar quando chove*

    Chover chover
    Valei-me Ciço o que posso fazer
    Chover chover
    Um terço pesado pra chuva descer
    Chover chover
    Até Maria deixou de moer
    Chover chover
    Banzo Batista, bagaço e banguê

    Chover chover
    Cego Aderaldo peleja pra ver
    Chover chover
    Já que meu olho cansou de chover
    Chover chover
    Até Maria deixou de moer
    Chover chover
    Banzo Batista, bagaço e banguê

    Meu povo não vá simbora
    Pela Itapemirim
    Pois mesmo perto do fim
    Nosso sertão tem melhora
    O céu tá calado agora
    Mais vai dar cada trovão
    De escapulir torrão
    De paredão de tapera**

    Bombo trovejou a chuva choveu

    Choveu choveu
    Lula Calixto virando Mateus
    Chover chover
    O bucho cheio de tudo que deu
    Chover chover
    suor e canseira depois que comeu
    Chover chover
    Zabumba zunindo no colo de Deus
    Chover chover
    Inácio e Romano meu verso e o teu
    Chover chover
    Água dos olhos que a seca bebeu

    Quando chove no sertão
    O sol deita e a água rola
    O sapo vomita espuma
    Onde um boi pisa se atola
    E a fartura esconde o saco
    Que a fome pedia esmola**

    Seu boiadeiro por aqui choveu
    Seu boiadeiro por aqui choveu
    Choveu que amarrotou
    Foi tanta água que meu boi nadou***

    *Zé Bernardinho
    **João Paraíbano
    ***Toque pra boiadeiro 
    ****


    Cordel do Fogo Encantado
    Biografia
    Em 1997 um grupo teatral voltou a atenção para a cidade de Arcoverde, PE. Nascia o espetáculo Cordel do Fogo Encantado. Na formação, José Paes de Lira (o Lirinha), Clayton Barros e Emerson Calado. Por dois anos, o espetáculo, sucesso de público, percorreu o interior do estado.

    Em Recife, o grupo ganhou mais duas adesões que iria modificar sua trajetória: os percussionistas Nego Henrique e Rafa Almeida. No carnaval de 99 o Cordel se apresenta no Festival Rec-Beat e o que era apenas uma peça teatral, ganha contornos de um espetáculo musical. Ao lirismo das composições somou-se a força rítmica e melódica dos tambores de culto-africano e a música passou a ficar em primeiro plano. A estréia no Carnaval pernambucano mais uma vez chamou a atenção de público e crítica e o que era, até então, sucesso regional, ultrapassou as fronteiras, ganhando visibilidade em outros estados e o status de revelação da música brasileira.

    Na formação, o carisma e a poesia de José Paes de Lira, a força do violão regional de Clayton Barros, a referência rock de Emerson Calado e o peso da levada dos tambores de Rafa Almeida e Nego Henrique. O Cordel do Fogo Encantado passa a percorrer o país, conquistando a todos com suas apresentações únicas e antológicas.

    As apresentações da banda surpreenderam a todos não somente pela força da mistura sonora ousada de instrumentos percussivos com a harmonia do violão raiz. À magia do grupo que narra a trajetória do fogo encantado, soma-se a presença cênica de seus integrante e os requintes de um projeto de iluminação e cenário.

    Em 2001, com produção do mestre da percussão Nana Vasconcellos, o Cordel do Fogo Encantado se fecha em estúdio para gravar o primeiro disco, que leva o nome da banda. A evolução artística amplia ainda mais o alcance do som do grupo que, mesmo atuando independente, ganha mais público e atenção da mídia, por onde passa.

    Com turnê que passou pelos mais remotos cantos do país, um ano depois, em 2002, o grupo volta para o estúdio para gravar o segundo trabalho: O Palhaço do Circo Sem Futuro, produzido por eles mesmo, de forma independente. Lançado no primeiro semestre de 2003, o trabalho foi considerado pela crítica especializada um dos mais inventivos trabalhos musicais produzidos nos últimos anos.

    E o Cordel do Fogo Encantado ganha projeção internacional, com apresentações na Bélgica, Alemanha e França. Entre os prêmios conquistados pela banda estão o de banda revelação pela APCA (2001) e os de melhor grupo pelo BR-Rival (2002), Caras (2002), TIM (2003), Qualidade Brasil (2003) e o bi-campeonato do Prêmio Hangar (2002 e 2003).

    No cinema, a banda participou da trilha sonora e do filme de Cacá Diegues, “Deus É Brasileiro”. Nas brechas das turnês, Lira Paes marcou presença também na trilha sonora de “Lisbela e o Prisioneiro”, de Guel Arraes, na qual interpreta a música “O Amor é Filme”.

    Em outubro de 2005 o Cordel do Fogo Encantado lançou o DVD “MTV Apresenta”, o primeiro registro audiovisual da banda. “Transfiguração”, terceiro disco, lançado em setembro de 2006, vem borrar ainda mais a linha de fronteira entre as artes cênicas e a música. Pela primeira vez o grupo faz primeiro o registro sonoro para então se dedicar à criação do espetáculo. Com produção de Carlos Eduardo Miranda e Gustavo Lenza e mixagem de Scotty Hard, o Cordel do Fogo Encantado se firma como um dos grupos mais representativos da cena independente nacional.

    Em fevereiro de 2010, após um comunicado no twitter e no site da banda, o grupo anunciou o encerramento oficial de suas atividades. O motivo foi a saída do líder e vocalista Lirinha, que alegou uma ‘’ vital necessidade de trilhar novos caminhos ‘’. 

    Discografia

    • (2001) - Cordel do Fogo Encantado
    • (2002) - O Palhaço do Circo Sem Futuro
    • (2005) - MTV Apresenta (DVD)
    • (2006) - Transfiguração


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