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    CRIMES VIRTUAIS....

    O que é bullying virtual ou cyberbullying?

    * É o bullying que ocorre em meios eletrônicos, com  mensagens 

    difamatórias ou ameaçadoras circulando por e-mails, sites, blogs 

    (os diários virtuais), redes sociais e celulares. É quase uma 

    extensão do que dizem e fazem na escola, mas com o agravante de que 

    as pessoas envolvidas não estão cara a cara.

    O que é pior: o bullying com agressão física ou o bullying com 

    agressão moral?

    * Ambas as agressões são graves e têm danos nocivos ao alvo do 

    bullying. Por ter consequências imediatas e facilmente visíveis, a 

    violência física muitas vezes é considerada mais grave do que um 

    xingamento ou uma fofoca.

    Curiosidade:

    http://www.dnt.adv.br/noticias/ofensas-realizadas-no-meio-virtual-

    motivam-acoes-judiciais-com-pedidos-de-indenizacao/

    http://forum.cifraclub.com.br/forum/11/104659/

    Brasil deve garantir direitos do internauta antes de tipificar 

    crimes, diz deputado
    FÁBIO BRANDT||Do UOL Notícias
    Em Brasília

    A aprovação da lei que estabelece crimes na internet não pode 

    ocorrer antes de o Brasil aprovar outra lei para definir direitos e 

    garantias dos internautas, afirmou o deputado Brizola Neto (PDT-RJ) 

    ao UOL Notícias. Segundo ele, “o Estado tem que, primeiro, prover 

    os direitos e as garantias do cidadão, para depois punir”. Ele 

    concedeu entrevista após a reunião da Comissão de Ciência e 

    Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara da última quarta-

    feira (29), que definiu o dia 10 de agosto como data de votação do 

    projeto de lei dos crimes virtuais.

    Para definir direitos, já existe um texto elaborado em 2010 –o 

    Marco Civil da Internet– que o Poder Executivo precisa enviar ao 

    Congresso para aprovação. A demora se justifica, segundo Brizola 

    Neto, porque diferentes ministérios estão fazendo ajustes finais ao 

    texto, que deve chegar ao Legislativo em “semanas, no máximo 

    meses”. Integrantes da oposição afirmam que não se pode esperar 

    para aprovar a lei de crimes virtuais, face às recentes 

    demonstrações de fragilidade do sistema do governo.

    Mas Brizola Neto considera que o projeto de lei relatado pelo 

    deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) não seria “adequado à 

    aprovação”. Para o governista, Azeredo fez mudanças que tornaram o 

    texto “menos restritivo”, mas a intenção fundamental da proposta 

    seria “restringir direitos e garantias dos usuários de internet”.

    O projeto de lei 84 de 1999 ganhou o apelido de Lei Azeredo porque 

    também foi relatado por Eduardo Azeredo no Senado, quando era 

    senador. Tramita no Congresso desde 1999, quando foi apresentado na 

    Câmara pelo deputado Luiz Piauhylino (PSDB-PE), que já não tem 

    mandato.

    "Brizola Neto: Isso é uma coisa contra direitos sociais. O Estado 

    tem que, primeiro, prover os direitos e as garantias do cidadão, 

    para depois punir. Até porque a conduta criminal, ilícita, é sempre 

    restrição. E a regra é o direito, a regra é a garantia."


    Denuncie aqui!
    http://www.safernet.org.br/site/


    Os direitos do homem no mundo atual

    Direitos garantidos ou violados estão inseridos em uma realidade 

    concreta. Integram uma sociedade permeada por diferentes visões de 

    mundo, ou correntes de pensamento, as quais expressam interesses de 

    grupos ou classes sociais. São divergentes ou mesmo contraditórias, 

    havendo o predomínio de uma delas. Assim, visando determinados 

    interesses sob a regência de uma classe, concretizam-se, ou não, os 

    direitos.

    O capitalismo e sua relação com os direitos são estudados, entre 

    outros, por Marshall (1967). Trata da trajetória dos direitos 

    civis, políticos e sociais, considerados como elementos do conceito 

    de cidadania, situando-os no interior do modo de produção 

    capitalista, onde coincidem o desenvolvimento de ambos, isto é, dos 

    direitos e do capitalismo. Todavia, como pode isso ocorrer, 

    pergunta Marshall, se um - o direito - busca a igualdade e o outro 

    - capitalismo - alimenta-se da desigualdade?

    Os direitos civis, políticos e sociais, conforme assinala o autor, 

    não cresceram os três ao mesmo tempo. Foram os direitos civis 

    inicialmente garantidos num processo iniciado no século XVIII e 

    fortalecido no século seguinte juntamente com o capitalismo 

    (Marshall, 1967:63-4). Isto porque a liberdade do trabalhador era 

    necessária para que ele pudesse vender sua força de trabalho no 

    mercado. Naquele momento - século XIX - a cidadania estava limitada 

    aos direitos civis e embora se constituísse num princípio de 

    igualdade em desenvolvimento “não estavam em conflito com as 

    desigualdades da sociedade capitalista; eram ao contrário, 

    necessários para a manutenção daquela determinada forma de 

    desigualdade” (Marshall, 1967:79). Os direitos políticos e sociais 

    eram inexpressivos nesse período, mas foram ganhando espaço nas 

    sociedades democráticas contemporâneas.

    Com o passar do tempo os direitos políticos constituíram-se em 

    ameaça e foi a conquista do seu exercício efetivo, a partir dos 

    direitos civis, que resultou na garantia de direitos sociais no 

    século XX (Marshall, 1967, p.80-8). É conhecido o movimento dos 

    trabalhadores pela melhoria das suas condições de trabalho e de 

    vida, desde os primeiros tempos do capitalismo.

    A igualdade prevista nos direitos é a negação da desigualdade 

    inerente ao capitalismo que os aceita apenas na medida da 

    manutenção de seus interesses. Estes são dominantes mas não sem 

    encontrar resistência por parte de setores defensores de outros 

    projetos de sociedade. Configura-se um espaço de enfrentamento 

    entre forças sociais, sujeito a mudanças nas diferentes conjunturas 

    em virtude do peso político dos envolvidos, resultando em avanços e 

    recuos nos direitos de cidadania de uma população, no seu todo ou 

    em partes dela. Avanços ou recuos são resultantes do querer e do 

    poder concretizar direitos em determinado momento histórico.

    Neste século, há o exemplo de duas experiências distintas, que se 

    destacaram, de regulação da sociedade movidas por concepções 

    contrárias de homem e mundo. Trata-se do “socialismo real” e do 

    Estado de Bem-Estar Social. O primeiro colocou-se como alternativa 

    à ordem capitalista e o segundo visou compatibilizar os interesses 

    do capitalismo aos interesses do trabalhador, numa perspectiva 

    pós-liberal (Covre, 1993; Netto, 1993). Todavia, tem sido 

    considerado que ambas fracassaram. Apesar dos avanços obtidos em 

    relação aos direitos sociais, na experiência socialista eles foram 

    realizados em detrimento dos direitos civis e políticos, podendo-se 

    dizer que não se concretizou a democracia. O Estado de Bem-Estar 

    Social, por sua vez, conheceu seu limite ao ser considerado 

    incompatível com as “exigências antidemocráticas” da acumulação 

    capitalista. Ambas as crises, coloca Netto, sinalizam

    que a viabilidade da superação da ordem do capital é função de uma 

    radical democratização da vida econômica, social e política - tão 

    incompatível com os limites do movimento do capital quanto com as 

    restrições de uma ditadura exercida, ainda que em seu nome, sobre 

    os trabalhadores (1993, p. 73).

    O refluxo do socialismo e do Welfare State, decorrente dessas 

    crises, abriu espaço que foi ocupado pela proposta neoliberal, a 

    qual

    restaura o mercado como instância mediadora societal elementar e 

    insuperável e uma proposição política que repõe o Estado mínimo 

    como única alternativa e forma para a democracia (Netto, 1993, p. 

    77).

    Contrapõe-se às funções do Estado de garantir os direitos sociais 

    e, segundo Nunes, citado por Netto,

    à cultura democrática e igualitária da época contemporânea, 

    caracterizada não só pela afirmação da igualdade civil e política 

    para todos, mas também pela busca da redução das desigualdades 

    entre os indivíduos no plano econômico e social, no âmbito de um 

    objetivo mais amplo de libertar a sociedade e seus membros da 

    necessidade e do risco (Netto,1993, p. 78).

    Porém o Estado não é de todo descartado; o Estado mínimo mas 

    “máximo para o capital” no neoliberalismo, diz Netto (Netto, 1993, 

    p. 79-81), deve garantir condições estruturais para o mercado e 

    intervir nas questões de pobreza extrema e miséria. Esta tarefa 

    também é atribuída à sociedade e desempenhada sob a forma de 

    solidariedade, pois não cabe ao Estado patrocinar o bem-estar 

    social. Há portanto, no neoliberalismo, desconsideração e 

    desmantelamento de muitas das conquistas e garantias de direitos, 

    principalmente os sociais. Atualmente, tal situação tem provocado o 

    ressurgimento de movimentos populares por garantia de direitos, em 

    muitos países.

    Na sociedade capitalista vive-se com a farsa da democracia, da 

    liberdade, da igualdade. Tais valores, postos como fundamentais, 

    mascaram uma realidade desumana e uma democracia que de fato não se 

    concretiza. A democracia liberal sustenta a liberdade individual, a 

    igualdade de oportunidades entre os homens mas considerando-os 

    naturalmente diferentes em suas capacidades, levando naturalmente 

    às desigualdades sociais e à dominação de uma classe sobre a outra. 

    Conforme Chauí

    a vida social tende a fortalecer a desigualdade natural, de sorte 

    que uma outra ou uma segunda igualdade precisa ser produzida: 

    aquela trazida pela lei. Assim, a desigualdade é um fenômeno 

    natural reproduzido pela sociedade, enquanto a igualdade é um 

    fenômeno natural reconquistado pela política (Chauí, 1980, p.154),

    sempre com muita luta.

    A cidadania, diz Covre (Covre, 1993, p. 29-62) é uma categoria não 

    só burguesa podendo ser apropriada pelos trabalhadores como 

    estratégia de luta para uma sociedade igualitária. Para isso é 

    preciso a existência de condições mínimas de democracia 

    possibilitando a prática do direito político. Mesmo limitados, 

    continua a autora, “. . .são esses mesmos homens que vão criar 

    outras condições - e, diante dessas novas condições, deverão também 

    ser novos homens” (Covre, 1993, p. 36), levando a romper com a 

    “cidadania esvaziada e consumista”, passando à “cidadania plena” 

    onde deve vigorar direitos civis, políticos e sociais numa 

    sociedade democrática (Covre, 1993, p. 74).
    A democracia, como valor universal, é o campo ao qual todos se 

    referem para a realização dos direitos. Contudo, é indispensável a 

    sua qualificação visto não ser ela uma só. A democracia que dá 

    sustentação ao modo de produção capitalista é produtora e 

    reprodutora da desigualdade social e tão pouco garante a liberdade 

    ou direitos políticos e sociais para todos.

    A alternativa, então, é a busca de direitos pautados em valores 

    tais como liberdade, democracia, justiça social, igualdade e 

    equidade tendo em vista a erradicação da exploração, opressão e 

    alienação do homem.

    Para concluir, a presença de forte desejo de direito em uma 

    sociedade é condição para a defesa de sua plena realização. Todavia 

    esse sentimento, ou valor, é mantido reprimido pois ele constitui-

    se em ameaça aos interesses de uma minoria, através de uma 

    ideologia que leva a população a crer que as desigualdades entre os 

    homens são oriundas de diferenças naturais, possíveis de serem 

    superadas mediante o esforço individual de cada um. Os direitos dos 

    homens são desqualificados diante da natural desigualdade. Não há 

    porque desejá-los ou mesmo lutar por eles. Conforme Ihering, o 

    sentimento do direito é enfraquecido, geralmente sob condições 

    antidemocráticas e inibidoras da participação política de toda a 

    sociedade. Mas não emudece a todos, há aqueles que lutam pela 

    garantia dos direitos, almejando transformar as condições concretas 

    da vida dos homens.

    Dj Murillo Menna alerta voce =)...

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